Do que você irá se arrepender?


Boa tarde pessoal,

Não resisti ao excelente artigo abaixo de Marshall Goldsmith da Harvard Business e resolvi compartilhar com vocês, segue:

Quais são os grandes arrependimentos que as pessoas levam consigo ao encerrar suas carreiras?

Essa é uma ótima pergunta. Uma pessoa sábia aprende com a própria experiência vivida e com a de outras pessoas também. Logo, a melhor forma de responder a essa questão é perguntando a quem já passou por essa etapa.

John Izzo é autor de um livro chamado Os cinco segredos que você precisa descobrtir antes de morrer. A obra é baseada em 250 entrevistas realizadas junto a pessoas cuja faixa etária variou de 59 a 106 anos de idade. Os entrevistados foram solicitados a refletirem sobre suas vidas e carreiras. Embora a amostra fosse bem diversa, variando de barbeiro a CEO, os temas que emergiram foram claros.

A primeira conclusão que o autor tirou é que as pessoas não se arrependem de seus fracassos e que a maioria lamenta não ter arriscado mais. Muitos seguem as carreiras com medo de fracassar, mas Izzo descobriu que tentar e falhar é algo com o qual conseguimos lidar.

As pessoas mais felizes sentiram que tentaram realizar seus sonhos e cresceram, tanto na vida pessoal quanto profissional. Logo, parece que nos arrependemos mais por não ter tentado realizar um sonho do que falhando ao fazer isso.

Isso é especificamente interessante porque a maioria de nós pensa que fracassar é a pior coisa que pode acontecer mas, no final das contas, não tentar ou permanecer na zona de conforto de nossas carreiras é exatamente o que nos preocupa.

O balanço entre vida profissional e pessoal é, atualmente, um tópico tão relevante no mundo dos negócios que eu, particularmente, fiquei interessado em saber de que maneira essas entrevistas poderiam nos ensinar a conduzir as escolhas que fazemos.

O que Izzo descobriu é complexo: enquanto muitas pessoas se arrependem de ter se focado muito no trabalho, em detrimento dos relacionamentos e buscas pessoais, outros fizeram o mesmo sacrifício mas não se arrependem. O pesquisador diz: “O que ocorre é que ao navegarmos pelas escolhas disponíveis para balancear vida profissional e pessoal, todos nós temos uma voz interior conversando conosco. Àqueles que essa voz diz que há excesso de sacrifício ou que não estão sendo verdadeiros consigo, os arrependimentos são profundos”.

Resumindo: se você acha que o binômio trabalho-vida pessoal não está funcionando direito, é porque provavelmente não está mesmo.

Nas entrevistas, muitas pessoas disseram que consideram importante aprender e crescer na vida profissional e que quanto mais nos mantemos aprendendo, mais sucesso obtemos. “Basicamente, essas pessoas nunca ficaram presas a rotinas; estavam sempre tentando aprender com pessoas mais experientes e inteligentes”, diz Izzo.

O item mais importante que o autor aprendeu sobre “os arrependimentos” é a importância de sermos verdadeiros com nós mesmos. Muitos entrevistados disseram que, olhando para trás, sentiam ter sido muito influenciados pela opinião dos outros. Disseram como era absolutamente crítico seguir sua própria definição de sucesso. Por exemplo, não aceitar a promoção ou emprego porque outros disseram que essa é a ordem natural das coisas ou perguntar a si próprio se esse é o passo que deseja tomar.

Uma última lição aprendida das pessoas entrevistadas: status e poder não são aquilo do qual irão se lembrar quando olharem para trás. Em vez disso, muitas pessoas disseram que são as coisas para as quais se doaram e as pessoas cujo crescimento tiveram sua contribuição, que darão a elas a sensação de satisfação.

Por fim, o comentário do barbeiro entrevistado: “A definição de sucesso não é representado pelo dinheiro na sua carteira e sim pelo número de almas que você tocou.”

Uma curiosidade: tanto o barbeiro quanto o CEO entrevistados pensam da mesma maneira sobre isso.

Fonte: Harvard Business On-line – junho de 2008 - HSM.com.br (exige autenticação)

2 comentários:

  1. Acredito que o que o autor citou está corretíssimo. Muitas pessoas não tentam e acabam não tendo sucesso ou não sendo felizes, não só em sua carreira, mas também em suas vidas pessoais. Quem tenta e não consegue ter sucesso não se arrepende. A questão da "zona de conforto" é muito importante. Quando estamos nela, nos tornamos "cegos" para oportunidades de mercado que podem mudar nossas vidas e dar o rumo certo para ela, e por comodismo, acaba-se na maioria das vezes optando por ficar no mesmo lugar, sem tomar nenhuma atitude.
    Arrisquem, tenham algo bom na vida para se arrepender! Não sejam como muitos que chegam ao fim da carreira dizendo: estou arrependido de ter tido uma vida profissional e pessoal medíocre, não tendo deixado a minha marca por onde passei. Aqui podemos fazer um link ao post anterior: como você gostaria de ser lembrado?
    Abração ao amigo Givanildo!

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  2. Giva:

    Mais um artigo excelente. Sempre se diz que é preferível se arrepender de algo feito do que de algo que não se fez. Agora há o respaldo corporativo ao dito popular.

    Abs, e rumo ao 10!

    Obs: Amigo, to lendo "a riqueza na base da pirâmide, do Prahalad". Dá uma olhada; acho que há bons estudos de caso pra tua área do conhecimento.

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